quinta-feira, 25 de março de 2010

Horta orgânica doméstica

JULIANA NAKAMURA
Colaboração para o UOL

Dispor de uma horta orgânica no quintal de casa é o meio mais seguro de garantir a procedência e o frescor dos alimentos à mesa. Muitos lamentam não ter espaço amplo e iluminado o bastante para cultivar suas próprias frutas, verduras e legumes, mas o que poucos sabem é que bastam 10 metros quadrados de terra com incidência de luz direta por algumas horas ao dia para criar uma horta doméstica produtiva. Isentas de agrotóxicos e insumos artificiais, hortaliças cultivadas organicamente são sinônimo de alimento mais saudável e sustentável. Afinal, seu plantio contribui para a preservação da fertilidade do solo, da qualidade da água e dos demais recursos naturais, além de gerar espécies mais nutritivas.

Para realizar esse tipo de plantação, os cuidados começam pela análise das condições locais, a definição da área a ser utilizada e a escolha do tipo de hortaliça que será produzida. Diferentes espécies podem ser cultivadas, desde que respeitadas suas particularidades em relação à demanda por nutrientes, sol e água. Entre as mais comuns estão produtoras de raízes (cenoura e rabanete), bulbos (cebola), folhas (alface e couve), frutos (tomate) e flores (couve-flor e brócolis).

É importante que o local de implantação da horta seja de fácil acesso e com bastante insolação. Os canteiros devem ter entre 40 e 50 cm profundidade, conforme a necessidade de espaço para o desenvolvimento das raízes.

O sucesso da plantação vai depender, principalmente, das condições do solo, que deve ter a textura adequada – em geral fofa e porosa – além de características químicas e biológicas propícias. A bióloga Cleusa Maria Mantovanello Lucon, pesquisadora do Instituto Biológico de São Paulo, explica que, no Brasil, os solos costumam ser ácidos. Por isso, na maioria das vezes, recomenda-se corrigir essa condição com a aplicação de calcário dois meses antes de iniciar plantio. “Os solos brasileiros também costumam sofrer de deficiência de fósforo, daí a necessidade de introduzir fontes de fósforo, como a farinha de ossos”, revela.

De acordo com a espécie, o plantio pode ser tanto direto, colocando-se a semente no local onde a planta irá se desenvolver, quanto em sementeiras.

É importante respeitar sempre o espaçamento exigido por cada planta. Além disso, regas constantes realizadas sempre nas horas mais frescas do dia são fundamentais, para fornecer água para germinação da semente, desenvolvimento da planta e solubilizar os nutrientes do solo. Em pequenas áreas, a irrigação pode ser feita com mangueira, regador ou ainda sistema de irrigação por aspersão.

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