quinta-feira, 20 de maio de 2010

A ATRAZINA E A SAÚDE HUMANA

O herbicida atrazina, é classificado como moderadamente tóxico (classe III) no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA recebendo autorização de uso nas culturas agrícolas do abacaxi, cana-de-açúcar, milho, pinus, seringueira, sisal e sorgo.

Ocorre que a presença generalizada de atrazina no ambiente representa um risco para os seres humanos, fauna e aos ecossistemas em geral. O produto químico é conhecido por ser um potente disruptor endócrino, interferindo com a atividade hormonal de animais e seres humanos em doses extremamente baixas.

Pesquisas realizadas com sapos pelo Dr. Tyrone Hayes e outros cientistas estão demonstrando que em exposições menores que 0,1 partes por bilhão podem causar graves efeitos na saúde, incluindo uma espécie de castração química.

Estudos mostram que a atrazina também podem afetar o sistema reprodutivo humano, diminuindo a contagem de espermatozóides e aumentando as taxas de infertilidade. A atrazina tem sido associada a elevado risco de vários tipos de câncer, incluindo o linfoma não-Hodgkin, câncer de mama e de próstata.

Este veneno pode também retardar o desenvolvimento das glândulas mamárias e induzir o aborto em roedores de laboratório. Vários estudos têm demonstrado a correlação entre a atrazina com defeitos congênitos, lábio leporino, espinha bífida e síndrome de Down.

Estudos epidemiológicos indicam que níveis muito baixos de exposição através de água contaminada durante períodos chave da gravidez pode interferir com o desenvolvimento saudável do feto o que demonstra a necessidade urgente de proibição deste agrotóxico, em especial, neste momento em que o Ministério da Saúde está revisando a Portaria 518/2004 que trata dos padrões de potabilidade da água para consumo humano.

Um resumo de estudos recentes sobre os efeitos da atrazina à saúde podem ser encontrados na Pesticide Action Network.

Fonte: Pesticide Action Network.
Monografias dos agrotóxicos - ANVISA

Um comentário:

Leonardo Meimes disse...

Alfredo estou com uma dúvida,qual a diferênca entre os transgênicos e essa nova "descoberta" de criar um genoma artificial? Eles não pegaram uma informação e colocaram dentro de um genoma como fazem com os transgênicos? O genoma inserido na célula era artificial? Como é um genoma artificial? Eu digo, eles não retiraram de um outro ser vivo, como fazem com os transgênicos?

E isso vai trazer problemas em relação a direitos autorais e comércio abusivo como o feito pela Monsanto?